A Folha de São Paulo publicou uma reportagem em 12/05/2009 relatando um recente estudo acerca dos efeitos da acupuntura. O estudo, pulicado na "Archives of Internal Medicine", da Associação Médica Americana, envolveu 638 voluntários e é um dos maiores estudos já feitos a respeito da eficácia da acupuntura.
Os pesquisadores compararam o relato de melhoras de três grupos de pacientes de lombalgia: o primeiro, submetido à acupuntura tradicional; o segundo, submetido a uma acupuntura simulada, usando palitos de dentes; e o terceiro, submetido a tratamentos tradicionais como remédios e fisioterapia. Os resultados: 60% dos pacientes submetidos à acupuntura tradicional relataram melhora, 60% dos pacientes submetidos à acupuntura simulada relataram melhora e apenas 39% dos tratados por métodos tradicionais relataram melhora.
A notícia é pertinente para nós, Psicólogos, pois desde 2002 o Conselho Federal de Psicologia, através da Resolução nº 005/2002, reconhece a acupuntura como recurso complementar no trabalho do psicólogo. O estudo vem trazer alguma sustentação para a prática, em detrimento de modelos tradicionais de tratamento (ao menos para o tratamento de lombalgia). No entanto, a fundamentação teórica para tal prática ainda carece de esclarecimento, dado o efeito similar de uma prática simulada, que envolvia apenas a pressão superficial da pele dos pacientes.
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Um comentário:
Também acho uma notícia extremamente pertinente para nós. E mais, sinaliza pra gente o quanto algumas práticas são incorporadas aos modelos de atuação dos psicólogos sem pesquisas prévias relevantes e sem aprofundamentos teóricos consistentes.
Não posso mentir dizendo que não gostei do resultado...talvez por uma "birra" desde a época que o CFP incorporou acupuntura como prática válida dos psicólogos sem instrumentalizar a categoria em recursos para praticar e fiscalizar e sem estudos de grande porte que indicassem que a acupuntura poderia fornecer algo a mais do que um "efeito placebo" no manejo da dor.
Seria interessante poder fazer o mesmo com os diferentes modelos de psicoterapia, mas isso é uma outra história, repleta de questões metodológicas.
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